Comparing Portuguese and Malay folklores (part 1)
If a folkloric Portuguese mythology can be synthesised (as per Portuguese language Wikipedia) thus:
Fontes poços e rios míticos | |
---|---|
Pedras | |
Folclore | |
Heróis | |
Mitologia lusitana | |
Seres sobrenaturais |
|
Criaturas mitológicas | |
Plantas mágicas | |
Lendas e Tradições | |
Máscaras |
And a folkloric mythology of Malaysia can be synthesised (as per English language Wikipedia) thus:
Legends | |
---|---|
Priestesses, shamans | |
Types of Malay ghosts | |
Malay saints | |
Chinese spirit places | |
See also |
We can draw some comparisons:
- In terms of mythic fountains, wells and watery spots, Portugal has the Fonte do Ídolo ("Fountain of the Idol") going back to Roman (and maybe even pre-Roman) paganism, Malaysia has the Pathumalai (Tamil)/Batu Gua/Kapal Tanggang (Malay) (Batu Caves);
- In terms of magical natural objects, Portugal has 6 fabled stones, as Malaysia has its own sacred stones and sacred trees:
- Pedra de raio (literally "Bolt stone"; it is the English language idiom "thunderstone") which is how pre-historical stone tools are called by commoners (as the nordic ones identify them with thunder thrown from the sky by thunder god Thor); these pre-historical arrowheads and the like were considered special and used to sharpen Malay/Sumatran kris assimetric daggers,
- Pedra fadada ("Fairy-charmed/Fated Stone") was for the Portuguese and Galician the stone which king Catelo (see more some posts onwards) chose to sit on and use as throne to apply justice on, and was then taken by his descendents to Ireland and Scotland (it is identified with the Scottish "Stone of Scone", although the later has an extra biblical lineage), like the ancestors of the Kadazan-Dusun people have by their tomb at Nunuk Ragang (see more some posts onwards) a holy red-coloured banyan tree,
- Pedra Parideira ("Fawning Stone") which is a stone from which a smaller stone splits out (as if it "gave birth" to it), and in the face of all this, we should recall that Chinese Malaysians worship some stones, likes granite stones, as sacred,
- Moledros (from the proto-Celtic *mol-eje/o or similar, "things for praising"; they are basically the post-celtic British Islander cairn stacks of rocks) are small piles of stones erected by humans on remote areas for signaling remarkable places on a hyking or pilgrimage route (like a summit peak or a trail to signal to walkers or shepherds), being said that if you moved a stone (previously a human soldier who passed away; many are said to have died in the Moroccan expedition of king Sebastião) it would go back to its place on its own (as stones are moved by Hantu Batu stone spirits in Malaysia), which can also remind us of the makam (gravestones/graveyards/mausoleums) of warrior heroes who protected the Sultan of Malacca (such as the makam of Hang Lekir and Hang Lekiu which are the famous tourist attraction road known as Jonker Street, but also the makam to Hang Kasturi, Hang Jebat and Hang Tuah), to which many people pay respect to and pray to them for protection and the solving of problems, but they can even be said to have healing properties (especially if their rocky masoleums also contain wells),
- Fiéis de Deus ("God's Faithful-ones") in Galician-Portuguese tradition are stones pilled on tombs of those executed by the justice system so that there would be weight on the body preventing it from coming back to chase the living as nightly spirits meant to wander through the night (mostly requesting for prayers from the living in compassion towards them), which resembles somewhat the stone that Malaysian and Singaporean strongman Badang (see more some posts onwards) once lifted and threw far away and then was according to some stories set over his tomb,
- Dragão volante ("Flying Dragon") is the idea that dragon shapes are formed on the sky, either by clouds clashing or a dragon falling from the sky in the form of a rocky meteor; a similar mythologised sky phenomenom is the fogo de Santelmo ("Saint Elmo's fire") which is personified by the Portuguese as the Corpo Santo ("Sainted Body") creature and is considered a good omen of a storm about to subside (it is present as an episode of Portuguese epic The Lusiads); similar to both of these natural phenomenons, is the Malaysian Hantu Bandan, which is caldron-like stones seen through waterfalls explained as spirits trapped into caldrons attempted to "bury" under waterfall waters that broke out free again,
(To be continued)
Images mostly from http://bibliotecasmp.blogspot.com/2018/02/o-carnaval-e-o-imaginario-tradicional.html (Carnaval/Mardi Gras ones), http://www.monsterku.com/malaysian-ghosts.html (the contemporary illustrations of Malay supernatural creatures) and the Bestiário Tradicional Português ("Portuguese Traditional Bestiary") book by Nuno Matos Valente and illustrated by Natacha Costa Pereira (in slighly cropped and altered pictures)
Comparando folclores português e malaio (parte 1)
Se uma mitologia folclórica portuguesa pode ser sintetizada (segundo a Wikipédia lusófono) assim:
Fontes poços e rios míticos | |
---|---|
Pedras | |
Folclore | |
Heróis | |
Mitologia lusitana | |
Seres sobrenaturais |
|
Criaturas mitológicas | |
Plantas mágicas | |
Lendas e Tradições | |
Máscaras |
E uma mitologia folclórica da Malásia pode ser sintetizada (segundo a Wikipédia anglófona) assim:
Legends | |
---|---|
Priestesses, shamans | |
Types of Malay ghosts | |
Malay saints | |
Chinese spirit places | |
See also |
Podemos sacar algumas comparações:
- Em termos de fontes, poços e pontos aguados míticos, Portugal tem Fonte do Ídolo remontando ao paganismo romano (e talvez até pré-romano), a Malásia tem as Pathumalai (Tamél)/Batu Gua/Kapal Tanggang (Malaio) (Batu Caves);
- Em termos de objectos naturais mágicos, Portugal tem 6 peras enfabuladas, como a Malásia tem as suas próprias pedras sagradas e árvores sagradas:
- Pedra de raio (é a expressão idiomática inglesa "thunderstone") que é como instrumentos de pedra pré-históricos são chamados pelos comuns (como os nórdicos identificam-nos com trovões atirados do céu pelo deus do trovão Thor); estas pontas de flecha pré-históricas e avulsos eram consideradas especiais e usadas para afiar punhais assimétricos kris/"crises" malaios,
- Pedra fadada era para os Portugueses e Galegos a pedra a qual o rei Catelo (ver mais umas publicações mais tarde) escolheu para sentar-se nela e usar como trono e aplicar justiça sobre ela, e foi então tomada pelos seus descendentes para a Irlanda e Escócia (é identificada com a "Stone of Scone"/"Pedra do Destino" escocesa, embora esta última tenha uma linhagem bíblica extra), como os antepassados do povo Kadazan-Dusun têm à beira do seu túmulo em Nunuk Ragang (ver mais umas publicações mais tarde) uma árvore banyan santa vermelha,
- Pedra Parideira a qual é uma pedra da qual uma pedra mais pequena se separa (como se a "dar à luz" a ela), e enfrente a tudo isto, devemos recordar que os Sino-Malasiáticos adoram certas pedras, como pedras de granito, como sendo sagradas,
- Moledros (do proto-celta *mol-eje/o ou similar, "coisas para louvar"; são basicamente as pilhas de rochas cairn ilhéus britânicas pós-celtas) são pequenas pilhas de pedras erigidas por humanos sobre áreas remotas paara assinalar lugares notáveis num trilho de caminhada ou peregrinação (como o pico de un cume ou um trilho a assinalar os caminhantes ou pastores), sendo dito que se moveres uma pedra (anteriormente um soldado humano que faleceu; muitos são ditos como tendo morrido na expedição marroquina do rei D. Sebastião) voltaria ao seu lugar por si só (como as pedras são movidas pelos espíritos das pedras Hantu Batu na Malásia), o que também nos pode lembrar dos makam (gazigos/cemitérios/mausoléus) de heróis guerreiros os quais protegiam o Sultão de Malaca (tais como o makam de Hang/Almirante Lekir e Hang/Almirante Lekiu os quais são a famosa estrada de atração turística conhecida como Jonker Street, mas também o makam a Hang Kasturi, Hang Jebat e Hang Tuah), aos quais muita gente prestam respeito e rezam a eles por proteção e o resolver de problemas, mas eles podem até ser ditos como tendo propriedades curativas (especialmente se os seus mausoléus rochosos também contém poços),
- Fiéis de Deus em tradição galaico-portuguesa são pedras empilhadas sobre túmulos daqueles executados pelo sistema judicial assim para haver peso sobre o corpo impedindo-o de voltar para perseguir os vivos como espíritos noturnos destinados a vaguear através da noite (principalmente pedindo por rezas dos vivos em compaixão para com eles), o que se assemelha algo com a pedra que o homem-forte Malaio e Singapurense Badang (ver mais umas publicações mais tarde) outrora ergueu e atirou para bem longe e então foi de acordo com algumas estórias deixada sobre o seu túmulo,
- Dragão volante é a ideia que formas de dragão são formadas no céu, ou pelas nuvens chocarem ou um dragão cair do céu em forma de um meteoro rochoso; um fenómeno celeste mitologizado similar é o fogo de Santelmo o qual é personificado pelos Portugueses como a criatura do Corpo Santo e é considerado um bom sinal de uma tempestade prestes a subsidiar (como está presente num episódio da epopeia portuguesa Os Lusíadas); semelhante a ambos estes fenómenos naturais, e o Hantu Bandan malaio, o quais são pedras tipo-caldeirões vistas através de quedas-de-água explicadas como espíritos presos em caldeirões tentaram "enterrar" sob águas de quedas-de-água que se libertaram outra vez,
(A continuar)
Imagens maioritariamente de http://bibliotecasmp.blogspot.com/2018/02/o-carnaval-e-o-imaginario-tradicional.html (as do Carnaval), http://www.monsterku.com/malaysian-ghosts.html (as ilustrações contemporâneas de criaturas sobrenaturais malaias) e do livro Bestiário Tradicional Português por Nuno Matos Valente e ilustrado por Natacha Costa Pereira (em imagens ligeiramente cortadas e alteradas)
Comentários
Enviar um comentário